FGTS autoriza suspensão temporária de pagamentos em financiamentos do programa Minha Casa Minha Vida
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou a suspensão temporária da cobrança de financiamentos imobiliários contratados com recursos do fundo. A medida é válida por seis meses e abrange programas de habitação popular, como o Minha Casa Minha Vida.

A decisão visa beneficiar até 700 mil famílias que estão enfrentando dificuldades financeiras momentâneas e não conseguem pagar as parcelas mensais do financiamento. A suspensão temporária foi proposta pela Caixa Econômica Federal, principal agente financeiro do programa.
O secretário-executivo do Ministério das Cidades, Hildo Rocha, destacou a importância da medida para o mercado, afirmando que está alinhada com a política do governo federal de garantir o crédito à população. Ele também mencionou estudos que indicam que mais de 90% das famílias com dificuldades financeiras temporárias conseguem pagar suas contas em dia quando o prazo é estendido, evitando assim o acúmulo de dívidas.

A medida não trará prejuízos tanto para os trabalhadores com contas vinculadas ao FGTS quanto para os bancos que pausarem os pagamentos das prestações. Os valores que não forem pagos serão incorporados ao saldo devedor.
Além da suspensão temporária, o Conselho Curador autorizou um aumento no repasse de recursos do FGTS para projetos habitacionais populares. Com a suplementação de R$ 28,85 bilhões, o orçamento inicialmente aprovado de R$ 68,1 bilhões será ampliado para cerca de R$ 97 bilhões. O secretário-executivo estimou que o investimento resultará em quase 3 milhões de empregos diretos e movimentará toda uma cadeia produtiva.

Essa será a maior aplicação nominal de recursos do FGTS pelo Estado brasileiro em habitação popular e representa um aumento de 40% em relação ao ano anterior.
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