As jornadas (e desafios) dos infoprodutos

Crie e venda cursos online por meio de plataformas de “infoprodutos”

Imagine ter a possibilidade de gravar um curso online, vendê-lo na internet por um preço realista de R$1 mil e conseguir mil alunos. Isso poderia render a incrível quantia de R$1 milhão. Parece um paraíso, certo? Bem, hoje em dia, essa proeza é possível graças às plataformas de “infoprodutos”, que hospedam conteúdos digitais de informação.

Os infoprodutos são cursos livres sobre diversos assuntos, desde inglês, finanças e marketing até confeitaria, confecção de mapa astral e forja de facas. Com o crescimento dessas plataformas, conhecidas como “Youtubes” dos infoprodutos, cada vez mais pessoas têm se aventurado nesse mercado.

As plataformas mais conhecidas são a Hotmart, Samba Tech, Eduzz e Monetizze. A Hotmart, em particular, é a maior delas, se tornando um unicórnio em 2021 após receber um investimento de US$130 milhões. Com mais de 490 mil infoprodutos cadastrados e 30 milhões de usuários, a empresa é um dos principais players desse mercado.

Para se juntar a essas plataformas, é necessário ter um projeto pedagógico, estruturando a evolução das aulas, materiais complementares e atividades propostas. Além disso, é importante investir em equipamentos, como iluminação e microfone, e aprender sobre edição de vídeo ou contratar alguém para isso. Gravar em um estúdio também é recomendado, embora tudo isso possa custar milhares de reais. Depois, é preciso investir na divulgação, pagando por impulsionamento de posts nas redes sociais.

No entanto, mesmo com todo o investimento e trabalho, o resultado pode não atingir as expectativas. A publicitária Claudia Taulois, por exemplo, criou um curso de desenvolvimento pessoal que teve apenas 100 alunos, bem abaixo do esperado. Ela afirma que as plataformas dão destaque apenas aos cursos populares ou com nomes fortes por trás.

Além de criar cursos, há uma forma de ganhar dinheiro nesse mercado sem ser um criador de conteúdo: por meio de programas de afiliados. Funciona assim: um criador lança um infoproduto e pede a ajuda de afiliados para divulgá-lo. Quando um afiliado faz uma venda, recebe uma comissão. É como revender Avon ou Natura, mas online.

Tanto para criadores quanto para afiliados, é importante escolher produtos que sejam relevantes para seu público e ter presença nas redes sociais. No entanto, é preciso ter cuidado com restrições da Receita Federal em relação aos saques, limitados a R$1.900 para pessoas físicas. Algumas plataformas recomendam a criação de um CNPJ para evitar essas limitações.

Embora as plataformas sejam a opção mais comum para hospedar cursos online, também é possível criar seu próprio site. Ícaro de Carvalho, por exemplo, criou seu próprio site de cursos de marketing digital e conseguiu atrair mais de 32 mil alunos.

Portanto, se você está pensando em entrar no mercado de infoprodutos, é importante pesquisar, planejar cuidadosamente, ter uma estratégia de divulgação eficiente e conhecer bem o seu público-alvo. Com trabalho árduo e dedicação, é possível obter sucesso nessa área em constante crescimento.

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